Casualidades ou a mão de Deus?

 

“Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas após os segadores; por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque.” (Rute 2.3)

Noemi, após quase dez anos fora de Belém, ouvira falar que Deus havia visitado o seu povo dando-lhe pão (Rt 1.6). Agora viúva e sem os dois filhos voltara para sua terra natal na companhia de sua nora, Rute.

O capítulo 1 de Rute conclui informando que elas chegaram a Belém no princípio da sega da cevada. Esta informação indica que Deus estava prestes a mudar a sorte de Noemi a qual saíra do seu país por causa da fome, da escassez de alimento.

Noemi e Rute, ambas, viúvas e sem filhos que pudessem se responsabilizar pela sua sobrevivência, dependiam agora de apanhar espigas que ficavam pra trás nos campos de outros. Esse direito lhes era assegurado pela lei (Dt 24.19-21). A Noemi por ser viúva e a Rute por ser viúva e estrangeira. Recém chegada em Belém, Rute não conhecia ninguém, nenhum dono de plantação de trigo ou cevada. O versículo diz que ela saiu para apanhar espigas atrás de qualquer um que pudesse favorecê-la.

O versículo 3 do capítulo 2 diz que Rute, por casualidade, por acaso, entrou numa plantação que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque, marido de Noemi, e, portanto, pela lei, responsável por cuidar dela.

 

Este texto dá a entender que Rute foi guiada pelo acaso. No entanto, Rute entrou por acaso naquela plantação no sentido de que ela não planejou previamente ir pra lá. Até porque ela não conhecia Boaz nem sabia que ele era parente de sua sogra. Seguramente Rute foi guiada pela mão invisível do Senhor até aquela localidade, mesmo não estando ela consciente disso. O Senhor intentava mudar a sorte dessas duas heroínas da fé, e, conduzir Rute àquele campo, era apenas o início do que Ele estava para fazer.

 

Portanto, estejamos atentos às "casualidades" nas nossas vidas. Elas podem ser uma dica daquilo que o Senhor já começou a fazer para mudar nossa sorte.

 

Nunca esqueçamos: Nossas vidas não são guiadas ou conduzidas pelo “acaso”. As “casualidades” podem ser apenas demonstrações da oculta, invisível e poderosa mão de Deus conduzindo as nossas vidas para o desfecho desejado por Ele. Pois, não estamos entregues a uma força impessoal chamada “acaso”; estamos entregues aos cuidados de um Deus pessoal que nos ama, que cuida de nós e que tem planos de paz para as nossas vidas.

Pr. Paulo César N. do Nascimento