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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Companheirismo no Casamento! Não deixe seu companheiro para trás!







 

“Melhor é serem dois do que um,...” (Ec4.9-12)

Quando lemos Ec 4.9a “Melhor é serem dois do que um”, lembramos do que Deus disse quando viu o homem sozinho no jardim do Éden: “não é bom que o homem esteja só;” (Gn 2.18)

Tanto Deus no início da criação, quanto o escritor de Eclesiastes afirmam que o isolamento social, a solidão, o viver solitário não é o estilo de vida mais apropriado para o ser humano.

No v. 9 o sábio Salomão declara um princípio geral: “Melhor é serem dois do que um...

Nos vs. 10-12 ele utiliza três ilustrações para fundamentar a sua declaração; usa três exemplos para provar a veracidade de sua afirmação.



v.10 – Se caírem, um levanta o companheiro.

v.11 – se sentirem frio, um aquece o outro.

v.12 – Se um for atacado o outro ajudará, e os dois resistirão ao agressor.



Com estes três exemplos, o sábio está dizendo: De fato, “melhor é serem dois do que um...”

É muito provável que o contexto que o autor de Eclesiastes tinha em mente era o de um viajante do mundo antigo. Quais eram os perigos comuns que um viajante enfrentava naquela época?


          - Cair acidentalmente em buracos ou valetas ao longo do caminho.


- Enfrentar as noites frias de inverno no deserto.


- Ser atacado por bandidos ou ladrões das estradas.



O princípio ensinado aqui é que “O companheirismo é um estilo de vida mais apropriado do que viver solitário”. O companheirismo proporciona mais benefícios do que a hostilidade, o indiferentismo, o egoísmo, exclusivismo, o isolamento social e o individualismo.

Gostaria de aplicar estes princípios do companheirismo para o relacionamento conjugal, para a vida a dois, para o casamento.

O companheirismo deve-se mostrar...



1. No estender da mão para o companheiro que cai ao longo da jornada da vida (v.10)

A proposta de Deus para o casamento é: “até que a morte os separe!” A princípio, esta é uma longa jornada. Teoricamente, um casal jovem tem um longo caminho a percorrer juntos. Nesse longo percurso juntos, é possível que um ou outro venha a cair nos buracos e valetas que a vida nos proporciona. Se isso vier a acontecer, a ordem é: jamais deixe o seu companheiro para trás.

Se vierem a cair no escuro poço da depressão; se perderem a motivação para continuar e desejarem entregar os pontos, estendam suas mãos, sejam encorajadores, motivadores, incentivadores. Se necessário for, abstenham-se do seu caminhar em prol um do outro.

Se vierem a cair na valeta do ressentimento, da amargura, da quebra da comunicação, estendam as suas mãos, humildemente, peçam perdão e perdoem um ao outro, recomecem a caminhada.

Se vierem a cair na valeta do desentendimento, da relação conturbada, estendam as suas mãos, não abandonem um ao outro nas portas dos tribunais, busquem ajuda, lutem para que a convivência harmoniosa seja estabelecida.

Esposo, ao longo da jornada da vida, jamais deixe a sua companheira para trás! Esposa, ao longo da jornada da vida jamais deixe o seu companheiro para trás. Se caírem, um levantará o outro!

Em segundo lugar, o companheirismo deve se mostrar...



2. No aquecimento mútuo nas noites frias da vida (v.11)



Esposos e esposas, literalmente, mantenham um ao outro aquecido! Proporcionem aquecimento mútuo! Não neguem um ao outro. Não privem um ao outro de intimidade e proximidade (1Co 7.3-5). Ofereçam um ao outro o calor dos seus corpos!

No entanto, eu gostaria de ir além do literal, e dizer: Esposos e esposas, estejam prontos para enfrentarem juntos as “noites geladas” da vida.

Ao longo da jornada da vida a dois, enfrentamos circunstâncias adversas que nos levam ao desânimo, que provocam frustrações, e que nos levam à sensação de que não dá mais.

Na jornada da vida, estamos expostos a possíveis perdas! Perdas de pessoas queridas, perdas financeiras, perda da saúde, da vitalidade do corpo, perdas de alguns sentimentos que mantém o relacionamento aquecido.

Queridos, nessas noites geladas da vida, não busquem se aquecer em abrigos individuais; não acendam fogueiras particulares. Proporcionem aquecimento mútuo, permaneçam juntos, busquem a Deus juntos, chorem juntos, compartilhem seus medos e incertezas, dividam as cargas, porque casamento é companheirismo, é proporcionar calor humano nas noites de inverno da vida.

Em terceiro lugar, o companheirismo deve se mostrar...



3. Na concentração de forças contra adversários em comum (v.12)



São vários os adversários que militam contra a relação conjugal estável e feliz. Podemos até mencionar alguns:

· As diferenças de formação familiar, de gostos e hábitos, de opiniões acerca do certo e do errado, de entendimento acerca do que é supérfluo e do que é necessário;


· As diferenças de temperamentos e personalidade;


· A interferência de pessoas externas na vida do casal (pais, sogros, supostos amigos);

· As ideologias da sociedade que banalizam a relação conjugal;


· Os pequenos problemas mal resolvidos que se acumulam ao longo dos anos;

  E, por trás de todos esses adversários, está o grande adversário de Deus e dos homens: Satanás, o qual luta para desestabilizar a família.

Esposos e esposas, no enfrentamento desses adversários, não lutem entre si; concentrem as forças e lutem contra esses adversários em comum.

Lembrem-se! Nessa longa jornada da vida a dois, vocês são amigos, não inimigos; vocês são parceiros, não rivais; vocês são companheiros; não adversários.

Portanto, mostrem companheirismo, no estender das mãos para o companheiro que cai ao longo da jornada da vida; no aquecimento mútuo nas “noites frias da vida; na concentração de forças contra adversários em comum.


Pr. Paulo César Nunes do Nascimento